Novo sistema de pagamentos e transferências é anunciado pelo Banco Central, o PIX promete revolucionar a forma como os brasileiros fazem pagamentos e transferências.
Anunciado pelo Banco Central em fevereiro de 2020, o PIX consiste em uma nova maneira de transferir dinheiro de forma rápida e segura, vindo substituir os meios tradicionais como o TED e transferências eletrônicas.
O PIX entrará em vigor oficialmente no dia 3 de novembro de 2020, e todos os bancos e instituições financeiras que contem com mais de 500 mil contas ativas deverão adequar-se e aderir ao novo sistema, que deverá estar em completo funcionamento em todo o território nacional até o dia 16 de novembro.
Os meios de pagamento tradicionais, embora eficazes, apresentam limitações em seus sistemas que geram reclamações dos usuários e os tornam obsoletos. Entre os principais problemas está a demora em se transferir dinheiro, que em alguns casos demora mais do que um dia útil, e a inoperância dos sistemas aos finais de semana e feriados.
Atualmente, os meios de transferência de dinheiro mais adotados no Brasil são o TED e o DOC. O sistema de Transferência Eletrônica Disponível (TED) permite que o dinheiro seja creditado em uma conta de destino no prazo de até 17 horas, sem um valor mínimo de transferência, em contrapartida, o Documento de Ordem de Crédito (DOC), estipula um prazo que pode levar mais de 24 horas para que o dinheiro possa ser creditado em uma conta de destino, além de não permitir que transações sejam realizadas após as 22 horas e estipular um limite de transferência no valor de R$4999,99.
Prazo PIX
O PIX vem sanar esses problemas, permitindo ao usuário realizar transações no tempo recorde de 10 segundos, sem limitações de horários, o que facilita o dia a dia do usuário.
A nova plataforma permitirá, de acordo com o Banco Central, a transação entre pessoas, estabelecimentos comerciais e o pagamento de impostos e taxas governamentais.
Como funcionará o PIX?
Operando de forma tecnológica, o PIX permitirá ao usuário fazer pagamentos digitais e através de QR Codes que poderão ser lidos em tablets e smartphones, e até mesmo permitirá o pagamento através sistemas de tecnologia de aproximação, também permitirá transações formais que exigem CPF ou CNPJ, para ter acesso ao PIX, os usuários, deverão ter uma conta corrente ou poupança em um banco ou instituição financeira que esteja cadastrada ao sistema.
A sociedade brasileira está mudando, tornando-se mais dinâmica e eficaz, atividades como ir ao banco e esperar longos minutos em filas, em horários pré-determinados, estão se tornando obsoletas, o usuário atual tem um perfil dinâmico, e muitas vezes pouco tempo disponível, é necessário adequar-se, a implantação do PIX demonstra o comprometimento do Banco Central em modernizar o sistema bancário nacional. Em um cenário onde o tradicional perde espaço para startups que trabalham para otimizar os sistemas bancários (conhecidas popularmente como Fintechs), as instituições financeiras têm de se readequar, para garantir a manutenção de seu portfólio de clientes físicos e jurídicos.
O PIX representa a inovação e a constante mudança de um mundo físico para o digital, a nova ferramenta é apenas a primeira a entrar em vigor, novos sistemas estão sendo desenvolvidos e testados, e em breve, farão parte do nosso cotidiano, facilitando nossas vidas.
PIX vs WhatsApp Pay
Ferramenta deve chegar em breve ao Brasil. Ela rivalizará com o PIX?
O WhatsApp anunciou no dia 15 de junho que começará a testar um novo recurso no Brasil que permite a transferência de dinheiro entre pessoas e negócios que utilizam o aplicativo, a empresa que faz parte do grupo Facebook, já estava trabalhando nesse projeto há um tempo, chegando a realizar alguns testes na Índia, que fracassaram devido a problemas regulatórios, o projeto inovador passa a ser retomado no Brasil, pois nosso país apresenta um sistema bancário mais simples, livre de entraves, além de contar com mais de 120 milhões de usuários formalmente cadastrados no WhatsApp.
O novo recurso batizado de WhatsApp Pay está causando polêmica, alguns analistas financeiros temem que o recurso lançado pelo aplicativo possa rivalizar com o sistema PIX que em breve entrará em funcionamento.
O WhatsApp afirma que se integrará com o modelo financeiro nacional e vê em um futuro próximo o novo recurso de forma indireta integrado ao PIX, trabalhando em conjunto com empresas que processam pagamentos no Brasil.
Para atrair os consumidores, o aplicativo lança o novo serviço contando com taxas mínimas, se comparadas com as taxas estabelecidas pelos concorrentes e espera adquirir ampla confiança do mercado.
Em nota, emitida através do site Convergência Digital, o Banco Central se manifestou a respeito da chegada do WhatsApp Pay ao Brasil: “ O BC está acompanhando a iniciativa do WhatsApp e avalia que há grande potencial para sua integração ao PIX. Entretanto, o BC considera prematura qualquer iniciativa que possa gerar fragmentação de mercado e concentração em agentes específicos”
Como funcionará o WhatsApp Pay?
O novo recurso já está sendo liberado para alguns usuários do aplicativo e está gerando polêmica, atraindo a desconfiança dos utilizadores, que não consideram o aplicativo WhatsApp seguro, devido a falhas de segurança que levam hackers a clonarem e roubarem perfis pessoais e comerciais, o novo recurso, que coletará dados financeiros, terá um grande desafio e poderá ser o início de uma transformação na criptografia de segurança do WhatsApp a nível mundial.
Como enviar dinheiro no WhatsApp?
O novo recurso chega ao Brasil em um momento significativo, onde o sistema financeiro do país passa por grandes mudanças e se prepara para receber o revolucionário PIX, os próximos meses serão decisivos para a implantação do sistema financeiro WhatsApp Pay, o mercado julgará e decidirá se o recurso é útil e deve coexistir com o envio de mensagens, principal recurso do aplicativo. O Brasil, escolhido como país teste, poderá estar participando da invenção de um novo recurso que poderá moldar e transformar o cenário bancário digital do mundo.
Acreditando no potencial econômico do Brasil o WhatsApp Pay promete ser pauta do mercado financeiro nos próximos meses, gerando exacerbados debates entre jornalistas, economistas, juristas e analistas de mercado financeiro.